11 de outubro de 2012

Profissionais dão dicas para manter plantas em ambientes fechados da casa

Arquitetos e paisagistas desfazem o mito de que é impossível manter o verde em lugares onde o sol não bate.
A arquiteta Denise Cadore incluiu um grande caso de bambu mossô neste projeto para uma sala de estar na Zona Oeste carioca Foto: Divulgação


RIO — Além de “humanizar o ambiente”, como dizem os decoradores, uma planta em casa é daqueles detalhes que fazem toda a diferença. Até no banheiro, por que não? O recurso só não é mais usado porque muita gente acredita ser impossível manter o verde em lugares fechados. Puro mito. Acertando nas escolhas e dosando a rega, paisagistas e arquitetos garantem que a natureza reinará.
O arquiteto Thoni Liszt apostou numa jardineira dentro do lavabo de quatro metros quadrados de um apartamento no Recreio, Zona Oeste carioca. Embaixo da pia, plantou cáctus e suculentas e caprichou no acabamento com areia e pedras.
— Basta molhar a raiz, nunca as folhas — explica. — Para que a planta dure, é preciso pensar numa iluminação mais forte, porque qualquer planta sente falta de luz. Escolhi a fluorescente Super 83.
Um jardim vertical, tão em alta no paisagismo, pode enfeitar também o interior da casa. O projeto da arquiteta Paola Ribeiro com a paisagista Ana Luiza Rothier, num apartamento na Praia de Ipanema, tem um assim, com samambaias e orquídeas.
— Elas ficam presas numa estrutura de madeira. Só é necessário fazer uma impermeabilização na parede — explica Paola.
Numa cobertura na Lagoa, bromélias e palmeiras foram parar sob a escada. A façanha é das designers de interiores Juliana Neves de Castro, Mabel Graham Bell e Luciana Nasajon, que notaram um vão elevado demais ali. O trio bolou então uma jardineira com medidas exatas para o espaço, e a revestiu de espelho, para dar continuidade ao piso de madeira.
— Sabe aquela hora em que a reforma da casa fica pronta, está tudo no lugar, mas a gente olha e sente falta de algo? Então você bota a plantinha e tudo muda — garante Juliana.
A arquiteta Denise Cadore conseguiu essa mudança com um grande vaso de bambu mossô. Atendendo ao pedido da cliente num apartamento na Barra, a sala é toda branquinha, do piso ao teto. Alguns móveis de madeira não foram suficientes para esquentar o ambiente, só mesmo a planta, que agora vive em harmonia dentro de um ambiente fechado de 40 metros quadrados.
A paisagista Beatriz Santiago explica que, de fato, há espécies que se adaptam bem à sombra, parcial ou total (como as enfileiradas ao lado). Em alguns casos, é preciso apenas deixá-las perto da janela de dois em dois meses, como é a família das dracenas. O principal erro cometido por moradores, segundo ela, é a rega excessiva, o que acaba apodrecendo a raiz.
— Como não ficam expostas ao sol, elas não precisam ser molhadas com tanta frequência. Pode ser até a cada 15 dias, não há regra única. O ideal é reparar quando a folha e a terra estão muito secas — indica Beatriz.


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